De tanto se ouvir falar sobre Veneza, há a sensação de já lá se ter ido, de se conhecer a cidade. Era o que se passava comigo; agora, depois de por lá ter passado, digo que não é bem assim. Os relatos e as fotografias não nos transmitem os sons, os aromas, o ambiente... e Veneza tem um charme muito próprio, aguça-nos os sentidos: a visão a 3D, o contacto com os autóctones, os cheiros, os sons (o ruído da água é permanente) e o prazer da boa comida italiana.
Sim, Veneza é uma cidade romântica, cheia de canais e ruelas estreitas, onde os turistas de todo o mundo circulam, sem pressa. Foram 4 dias inesquecíveis, incomparáveis.
Se estive na Praça de S. Marco? Claro e comi um gelado, divertida e distraída com tanta gente. Andei de gôndola? Sim, atravessei o Grande Canal, uma vez de gôndola, várias de vaporetto (os autocarros aquáticos de Veneza). Se fui a Murano? Obviamente que sim, entrei numa fábrica e vi ser fabricada uma peça em vidro. Também comprei um "ricordo", como manda a praxe.
Visitei basílicas, das quais destaco "Santa Maria della Salute" e fui ao "Il Ghetto", onde a comunidade judaica se junta para fazer as suas orações.
Vi tudo isso e gostei muito.
Depois, a "Bienal de Veneza", ponto alto das minhas férias em Itália. Há tanto para mostrar, que sobre este evento falarei no próximo post. A não perder....
É altura de terminar o relato da minha passagem por Florença. Foram seis posts em que tentei dar uma pequena noção do que vi, do imenso que a cidade tem para mostrar, enriquecendo-nos, porque quem a visita e a aproveita só pode sair culturalmente mais rico. Pelo menos foi como me senti. Muitos sítios, estórias e factos ficaram por partilhar aqui no Numa de Letra; é impossível pôr em palavras tanta beleza arquitectónica, tanta Arte.
Não cheguei a falar na “Casa di Dante” nem na sua igreja, nem em “Orsanmichele” e em tantas outras igrejas e capelas… ahh!... e nos concertos de órgão que soavam à entrada de algumas capelas ao passar na rua, e a que eu quase nunca consegui resistir, sentar-me e a ficar a ouvir, quase sempre comovida.
Não referi os os fantásticos “O Nascimento de Venus” de Botticelli e “A Sagrada Família” de Miguel Ângelo que tive o privilégio de ver ao vivo. Quando penso nesses longos momentos em que fiquei literalmente siderada tamanha era a perfeição, continuo maravilhada. Foram génios únicos, sem dúvida.
…A Pietà de Miguel Ângelo, conservada no Museu dell’Opera del Duomo, concluída pelos seus discípulos e que, comparada com a original que vi no Vaticano, se revela bastante imperfeita.
Nem falei na Piazza della Repubblica que quase diariamente percorri e em tantas outras praças, cada uma com o seu encanto e em vários outros locais onde recentemente foram filmadas cenas do filme inspirado no último livro de Dan Brown, “Inferno”.
Na impossibilidade de visitar tudo o que Florença nos oferece, cumpri o ritual de “Il Porcellino” (a cópia do século XVII, em bronze, da estátua romana em mármore, de um javali que se pode ver nos Uffizi). Passei a mão no focinho brilhante e polido da estátua.
Entretanto aproxima-se a hora do comboio que me levará a Veneza.
Já com saudades, deixo Florença e aqui se completa o que consegui expôr certa de que é pouco, comparado com o que a cidade tem.
A beleza clássica de Florença é espectacular e as principais atracções são de tamanha imponência, que será difícil encontrar outra cidade tão "perfeita".
Dessas atracções, há as que já aqui salientei (apenas parte delas, claro!) e há também o Duomo, a catedral de Florença, chamada Santa Maria del Fiore.
Este é mesmo um dos principais pontos turísticos da cidade. A sua fachada é neogótica, em mármore de várias cores.
A0 lado e a condizer com o estilo da catedral, o Campanile di Giotto com 85 metros de altura, revestido de mármore toscano branco, verde e rosa e ainda com painéis de baixo-relevo de Andrea Pisano.
Em frente a ambos, o Baptistério, um edifício redondo e dos mais antigos de Florença. Lá dentro, a enorme pia octogonal onde muitos florentinos célebres, como Dante, foram baptizados. No tecto mosaicos coloridos com cenas do Juízo Final.
É ainda no Baptistério que estão frescos importantes como a Divina Comédia de Dante, de Domenico de Michelino, para além de belíssimos vitrais feitos por famosos artistas italianos, como Donatello. Por fora, exibe a réplica da célebre e pomposa “Porta do Paradiso” de Ghiberti cujos portões são adornados com mosaicos que retratam cenas bíblicas. Os originais, em bronze, estão no Museo dell’Opera del Duomo e são os que mostro na fotografia abaixo.
Mais alta 6 metros que o Campanile, a Cúpula de Brunelleschi domina toda a cidade, sendo possível vê-la de quase todo o lado, assim como também é possível subir os 463 degraus da escadaria interior. É de perder o fôlego, mas a vista vale a pena. A cúpula exibe cenas do Juízo Final e frescos de Vasari.
Nos arredores do Duomo ficam outras atracções interessantes, como a Cripta di Santa Reparata e as capelas Absidais.
O relato sobre Florença está quase no fim, faltando mesmo e apenas “o quase”… do próximo post.
A Piazza della Signora é uma das principais praças da cidade e nela se encontra a Galleria degli Uffizi, o Palazzo Vecchio, a Fontana di Netuno, a Loggia dei Lanzi e uma numerosa quantidade de esculturas ao ar livre, como Hercules e Cacus de Bandinelli e David de Miguel Ângelo.
O Palazzo Vecchio é a sede do município da cidade e já foi sede do Parlamento italiano. Aí fica também um importante museu com obras de Michelangelo, Donatello e Bronzino, entre outros.
A Galleria degli Uffizi é sem dúvida o museu mais importante de Florença e há até quem diga de Itália, porque lá se encontra o maior acervo de arte gótica e renascentista do país, com famosas obras de Leonardo da Vinci , Raffaello, Michelangelo e Boticelli, só para enumerar alguns, pouquíssimos. Ao lado da Galleria degli Uffizi fica a Loggia dei Lanzi, uma espécie de terraço com fantásticas esculturas.
A leste desta praça fica a Basilica de Santa Croce, que guarda os túmulos de Nicolau Maquiavel e GalileuGalilei.
O extraordinário e compacto centro histórico de Florença deve ser percorrido a pé, com mais ou menos gelados e sempre com muita água, tal é o calor que se faz sentir. Mas a riqueza de todos os recantos, que são muitos, a voracidade com que se pretende ver mais e mais aguçam-nos os sentidos. Em cada nicho, parede ou pedra, lá vêm símbolos alusivos à Maçonaria, à qual pertenceram os maiores vultos renascentistas italianos, como se sabe.
Confesso que sinto alguma dificuldade em transmitir a sensação de pequenez que fica, perante tamanha grandiosidade. Oxalá houvesse mais palavras para descrever correctamente o muito que vi. Ainda há mais para dissertar e mostar sobre Firenze, a belíssima cidade, difícil de descrever nestes pequeninos textos.
No próximo post vamos conhecer o edifício mais alto de Florença… e não só!
Florença é uma das cidades italianas mais visitadas por turistas, depois de Roma e Milão. Quem lá esteve não duvida da sua importância e contributo para a Arte e Cultura de Itália.
Capital da belíssima região da Toscana, foi importante inclusive, na segunda metade do século XIX (de 1865 a 1871), tendo sido capital durante esse período, quando também foi definido que a língua oficial do país, até então o siciliano, passasse a ser o italiano, muito devido é fortíssima influência de grandes artistas, como Dante.
Agosto não é propriamente o mês ideal para visitar Florença, tão elevadas são as temperaturas, a atingirem os 40ºC. Valem os fantásticos gelados (acreditem que são mesmo fantásticos!) para refrescar e, claro, a beleza e todas as riquezas que fazem desta cidade um tesouro histórico e cultural renascentista, despertando-nos a mente e camuflando os sinais de cansaço.
A cidade está intimamente ligada ao domínio da poderosíssima e nobre família Medici, que a governou durante quase 300 anos - de 1434 até 1743 -. Os Medici ajudaram a criar o esplendor do Renascimento e todos os ícones da Arte desse período foram, em algum momento da vida, favorecidos por eles.
Começo por destacar o "Palazzo Pitti", comprado em 1550 pelos Medici e, a partir daí, sua residência oficial. Dentro deste palácio existem várias galerias importantes e aqui encontramos autênticos tesouros das colecções dos Mecici e da corte Habsburgo-Lorena. Infelizmente só é permitido fotografar os Jardins Boboli, as belíssimas esculturas das varandas e do exterior do palácio. Ficam assim, por partilhar aqui no Numa de Letra, algumas das majestosas obras do Renascimento e Barroco, os frescos barrocos, obras-primas de Botticelli, Ticiano, Caravaggio, Perugino, Andrea del Sarto, Tintoretto, Rubens e Van Dyck, entre tantos outros.
Parte da colecção Medici foi transferida para a Galleria degli Uffizi, situada na Piazza della Signora, sobre a qual dissertarei num próximo post.
Ainda uma breve referência à emblemática Ponte Vecchio, projectada em 1345 por Taddeo Gaddi. É a mais famosa de Florença e sempre teve muitas lojas: inicialmente carniceiros, curtidores e ferreiros e, a partir de 1593, ourivesarias.
Trata-se de uma ponte belíssima, diariamente atravessada por milhares de turistas e autóctones, com um charme muito próprio. Toda a sua envolvência é lindíssima, romântica.
Atesto, com algumas fotografias, o que atrás escrevi, sempre com a sensação de que digo pouco, tanto haveria para contar! Mas Florença deve ser visitada, pode ser que as minhas sugestões agucem o apetite...
O Bairro Judeu tem um "charme" muito próprio, de tão harmonioso e cuidado.
As vestes dos Ortodoxos, todas pretas, são interessantes e contrastam com a envolvência beije dos muros, das escadas, das construções.
O tempo passa a correr, tantos são os pontos de interesse. Sentarmo-nos numa das esplanadas dos muitos cafés da zona, para além de ser óptimo para recuperar forças, é delicioso para o paladar e para a vista – os sentidos apuram-se.
A melhor forma de aqui entrar é também pela Porta de Jafa, atravessando o Bairro Arménio.
A Praça Hurda, sensivelmente no centro do Bairro, é ponto de encontro e partida para os diversos locais interessantes a visitar. Daqui se chega às principais sinagogas, ao Cardo (zona escavada e parcialmente construída), ao Muro da Tolerância, aos Museus,... ao Muro das Lamentações! A praça onde se chega a este Muro é uma espécie de Sinagoga a céu aberto, onde diariamente se juntam a orar muitos grupos de judeus (homens na parte grande da muralha e mulheres na secção ao lado, separada por uma parede e num espaço muito menor).
Daqui se avista, bem centrado, o grande Menorah (candelabro de sete braços), companhia de oração no Shabbath e em festivais de fé judaica.
O Muro das Lamentações é o que resta do muro de suporte do Templo do Monte, mandado construir por Herodes, o Grande. Trata-se de uma parede maciça, beije e lisa, feita de blocos enormes e é o local judaico mais sagrado.
O Bairro Judeu é, de longe, o melhor conservado e o mais organizado da Cidade Antiga.
Para os turistas é um local histórico interessante, para os judeus um centro de culto e espiritualidade.
Antes da conclusão deste último post sobre Israel, apenas uma referência ao imenso que há para descobrir na Cidade Moderna: óptimos hotéis, o Monte das Oliveiras com uma vista extraordinária sobre a muralha e a Cidade Velha, o Museu de Israel – riquíssimo -, o Museu Yad Vashem (um monumento em memória dos mais de seis milhões de judeus mortos no Holocausto Nazi), sinagogas, um bairro onde só vivem judeus ultra-ortodoxos, enfim!...
Fica a sugestão para quem aprecie viagens com sentido e História: nunca será uma aventura, para mim foi a concretização de um sonho, uma “escapadela” verdadeiramente empolgante e inesquecível.
A Terra Santa é formada por Israel, Jordânia e a Península Egípcia do Sinai. Jerusalém é, sem dúvida, o símbolo mais importante deste conjunto.
Aqui convivem três religiões monoteístas: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, cada qual com características muito próprias.
É uma cidade extraordinariamente bela! Com a terra e as pedras de cor beije e com uma mistura enorme de estilos, fruto do passado e da passagem dos povos que ao longo dos séculos fizeram a sua história, transmite uma sensação inigualável, que dificilmente se encontra noutro lugar da Terra: Jerusalém devia ser ponto de visita obrigatório; é preciso lá estar para sentir.
Podemos dividi-la em Cidade Moderna, fora das Muralhas e Cidade Antiga, dentro das Muralhas e composta por 4 Bairros distintos: Cristão, Arménio, Muçulmano e Judeu.
O Bairro Arménio é o mais pequeno de todos e está a ser absorvido pela comunidade cristã. É uma das zonas mais tranquilas e calmas da Cidade Antiga.
Em contrapartida, o Bairro Muçulmano é o maior e o mais densamente povoado. Embora seja uma zona fascinante, está em decadência e aí se encontram as casas mais pobres da Cidade Antiga. A melhor forma de entrar neste Bairro é pela Porta de Damasco, a mais monumental da cidade. É também neste Bairro que fica a conhecida “Cúpula da Rocha”, o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos, depois das cidades proféticas de Meca e Medina. Esta cúpula dourada, que se avista de quase todos os pontos da muralha, é encimada pelo símbolo do Islão “O Crescente”, que orienta a vida religiosa dos muçulmanos e tem ligações ao calendário lunar.
O Bairro Cristão é o que mais nos diz, pois é lá que se encontra a Igreja do Santo Sepulcro. A principal porta de entrada neste Bairro é a de Jafa.
É a zona mais visitada da Cidade Antiga e nela se encontra o local mais sagrado para todos os Cristãos: o Santo Sepulcro. As ruas próximas estão repletas de tendas e lojas onde os peregrinos compram recordações.
Apesar de muito movimentado, este Bairro tem um ambiente espiritual, sobretudo perto da Pedra da Unção – que comemora a unção e cobertura de Cristo após a sua morte – e no “Túmulo de Cristo”, onde uma fila interminável de gente pretende entrar. Dentro do monumento, uma pedra de mármore cobre a rocha na qual se acredita que o corpo de Cristo foi sepultado.
Estes dois espaços, próximos, fazem parte da grande “Igreja do Santo Sepulcro”. A quantidade de pessoas e a variedade de raças que constantemente circulam nesta Igreja, todos com imensa devoção e sentimento, fazem-nos sentir o peso daquele lugar no Cristianismo. Por aqui também circulam, paramentados, padres Católicos e Ortodoxos. A Cúpula Catholikon, que cobre a parte central da igreja cruzada, é actualmente usada para serviços Ortodoxos Gregos.
Ainda numa das extremidades da Igreja do Santo Sepulcro, há um grupo de edifícios habitado por uma comunidade de monges etíopes.
Apesar de imponente, a Igreja do Santo Sepulcro e todas as Capelas a ela ligadas são simples.
O Bairro Cristão é um local inesquecível… como inesquecível é também o Bairro Judeu, o mais curioso, que fica para uma segunda parte sobre Jerusalém… em breve!
Com o sol sempre a acompanhar-nos, hoje “iremos” até ao Mar Morto, o ponto mais baixo da terra: 411 metros abaixo do nível do mar.
Sai-se de Tel-Aviv pela auto-estrada (tudo bem sinalizado com placas escritas em três idiomas – hebraico, árabe e inglês – e cerca de 55km percorridos há um corte à direita, que indica “Mar Morto”.
Depois desse corte, começa-se a descer, agora seguindo por uma estrada principal, bem alcatroada: entra-se no Deserto da Judeia. A paisagem muda radicalmente: há o céu azul e depois tudo é beige, da cor da areia. Assim permanecerá até chegarmos ao nosso destino.
De facto, o que se retém é a imensidão serena e clara do deserto, que é interrompida por alguns beduínos com os seus camelos que por vezes se avistam (bem coloridos) e depois as plantações de tamareiras, impecavelmente alinhadas.
Há ainda essa coisa fantástica que são as estufas, em pleno deserto, bem irrigadas de água trazida por enormes condutas. Fica-se espantado como é possível, do meio do nada, surgirem enormes extensões de areia lavrada e cultivada.
Mas a estrada continua a descer, com placas que indicam o zero (nível do mar) e depois menos 150m, menos 250m, até começarmos a avistar essa massa azul enorme, numa linha baixíssima da costa, chamada Mar Morto. Na realidade, não se trata de um mar, mas de um lago com a água tão rica em minerais, que a torna 26% sólida (contém brómio, iodo e magnésio). É por isso que não é possível ir ao fundo, as pessoas são aconselhadas a deitarem-se de costas, porque flutuam.
As margens estão carregadas de sal e as lamas envolventes têm grandes virtudes terapêuticas. É também por isso que na zona existem várias unidades hoteleiras com óptimos spas.
A partir destas águas fabricam-se bons produtos de beleza para o rosto e corpo.
É hora de regressar, Israel tem muito mais a mostrar, não se pode perder tempo.
Na volta, a meio caminho para Jerusalém, 2 controles policiais, várias viaturas da ONU e depois um corte para Ramallah: isso mesmo, ali ao lado fica a Palestina.
Mas nós prosseguimos, o objectivo é chegar à cidade Santa. Será sobre ela o próximo post, provavelmente o mais sentido, tantas são as emoções à flor da pele.
Saindo de Old Jaffa a sul de Tel-Aviv em direcção ao norte, seguindo sempre a linha do mar e as praias, passa-se nas enormes Torres Ópera cor-de-rosa, construídas em 1990 e chega-se ao moderno porto de Tel-Aviv.
Entre outras atracções, há um mercado diário de produtos israelitas, onde os cheiros intensos das especiarias se misturam com o aroma das frutas e legumes. Aí se vendem também vinhos, queijos, pães de muitas variedades, chocolates, sabonetes, peixe e carne, tudo produzido e confeccionado em Israel.
É também no porto que se encontram os melhores restaurantes de peixe e marisco da cidade.
Tel-Aviv representa a face moderna do Estado Judaico. É onde fica a sede do Governo, assim como as Embaixadas dos países com os quais Israel mantém relações diplomáticas.
Uma cidade com avenidas largas, repleta de museus, galerias e salas de espectáculos. Porque é impossível falar de tudo, destacarei o Museu de Arte de Tel-Aviv, um dos mais importantes da cidade. Situado num complexo que inclui a Biblioteca Municipal Beit Ariela, o Teatro Camerie, o edifício da Ópera, tudo complementado por um jardim com esculturas de consagrados artistas como Henri Moore.
A galeria de arte Givon, bem conhecida na cidade, expõe trabalhos de nomes consagrados da actualidade e inclui um espaço chamado “Sala do Projecto de Cinema Net”, onde se expõem novas tecnologias media, animação computorizada, vídeos digitais, robóticos e interactivos.
Muito interessante e “à frente”, esta galeria, de certa maneira, representa um pouco a tecnologia avançadíssima judaica.
A norte do centro, fica uma elegante área residencial de arquitectura estilo Bauhaus, assim como a Casa de Ben Gurion, antiga residência do 1º primeiro-ministro de Israel. Foi David Ben Gurion que a 14 de Maio de 1948 declarou o nascimento do Estado de Israel. O principal aeroporto do país tem também o seu nome.
Actualmente Neve Tzedek é o principal bairro artístico construído na nova cidade de Tel-Aviv. Um quarteirão com uma atmosfera especial: as ruas são bordejadas de canteiros floridos e óptimas para andar a pé.
Ouvem-se muitos idiomas, aqui passeiam estrangeiros amantes de arte.
Neve Tzedek significa “oásis de justiça”. É aí que vivem actualmente artistas e escritores. Há lindíssimos restaurantes, cafés, livrarias, lojas de designers jovens e consagrados, galerias de arte e joalharias.
O Centro Cultural de Arte e Dança Suzanne Dellal fica também localizado neste bairro onde as casas, recentemente restauradas, têm uma arquitectura bonita.
Estamos quase a deixar Tel-Aviv (“Colina da Primavera”), embora muito tenha ficado por dizer: há que ir para ver e crer.
Próxima paragem, Mar Morto.
De volta à rotina antes de dissertar sobre a minha leitura actual, aqui fica um pequeno registo do que foi uma viagem verdadeiramente inesquecível.
Israel é um pequeno país, fica numa faixa de território hostil, grande parte do seu solo é árido (tem grandes extensões de deserto) mas tem a agricultura mais avançada do mundo. A nível de tecnologia, também está no topo das grandes nações. Depois há toda a costa banhada pelo Mar Mediterrâneo, magnífica, com praias de areia branca, uma luminosidade a perder de vista. O Mediterrâneo é uma das fronteiras, separa Israel da Europa (ou liga!), fonte inesgotável de riqueza (a água, bem precioso, o peixe, o sal, as algas,... tudo aproveitado!).
A nossa viagem começou em Tel-Aviv, a capital, muito cosmopolita , cheia de turistas. Com o hotel sobre a praia, sabia bem tomar o pequeno-almoço com o mar ali ao lado: pessoas a nadar, outras a fazerem jogging, outras ainda a passearem os seus cães, os skaters, os turistas a aproveitar o sol. Durante os dias que lá estivemos a temperatura ía dos 13/14ºC à noite, até aos 20º/21ºC durante o dia. Sem vento, era um clima estupendo.
O trânsito de Tel-Aviv é intenso e algo caótico. Os israelitas chamam-lhe a "Small Apple", orgulhosamente, por ter vida 24 sobre 24 horas. É, de facto, uma cidade que não dorme.
A nossa primeira passagem foi na cidade velha "Old Jaffa". Vaguear pelas entranhas deste local que desemboca no mar, é perder a noção do tempo, tantas são as preciosidades que abarca, os pontos interessantes a ver. Muitas galerias de design, ao ar livre a venda de sumo de romã ou laranja, feito na hora - ambos estupendos!
Ficam as fotografias que atestam o que atrás foi dito e a promessa de proximamente sair outro post, ainda de Tel-Aviv.
Oxalá gostem!
55ª exposição internacional de arte
museu nacional soares dos reis
projecto arte de portas abertas
quantas madrugadas tem a noite