Provavelmente já tudo foi escrito sobre "Não Matem a Cotovia", de Harper Lee. Escrito, dito e visto, pois é um best-seller que deu filme... apesar disso, ao percorrer as prateleiras lá de casa, apeteceu-me muito lê-lo.
Ainda bem que fui por instinto! É que gostei tanto, mas tanto da leitura, que ficou uma sensação gostosa.
A história passa-se no Alabama, numa pequena e retrógrada cidade dos EUA chamada Maycomb County, nas décadas 30 e 40 do século XX e tem como tema principal o racismo.
Quem a conta é Jean Louise, ou Scout para os mais próximos, uma menina que aos 2 anos perdeu a mãe não guardando recordações dela e vive com o pai, Atticus Finch, o irmão, Jem e a empregada negra, Calpurnia, considerada uma espécie de membro da família.
Através dos olhos, palavras e interpretações inocentes de uma criança, vemos uma sociedade racista, preconceituosa e intolerante mas nela encontramos também exemplos de Homens que, em minoria e com grande determinação e bondade, ajudaram a mudar mentalidades.
Atticus é um advogado branco, bem-formado e pai extremoso. Nesta narrativa desempenha o papel de um desses Homens, já que aceita defender um negro, sabendo, à partida que a causa seria perdida. Nunca, num tribunal daquele Estado, um negro vencera um branco.
Um personagem exemplar, corajoso, íntegro e sensato.
Aconselho qualquer um a ler este livro. Mesmo sendo difícil encontra-lo, vale a pena tentar até conseguir.
Se me coubesse decidir um destino a dar a "Não Matem a Cotovia", de Harper Lee, punha-o numa dessas listas de livros que toda a gente deve ler.
Em jeito de remate e como curiosidade, acrescento que este foi o único trabalho publicado, por esta autora, até hoje.
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