Terminou ontem a 84ª edição da Feira do Livro de Lisboa. Curiosamente, para mim foi uma estreia: visitei-a no passado dia 7.
Debaixo do braço uma lista com alguns títulos difíceis de encontrar fora da Feira e, tirada do site, o programa dessa tarde, no que toca a autores e lançamentos de livros. Tive sorte, não há dúvida, já que havia grandes autores e, felizmente, pude trazer livros autografados, depois de trocar breves frases com alguns deles.
Destaco aqui Ondjaki que teve a gentileza de ir ter comigo à fila onde eu aguardava o pagamento de “AvóDezanove e o Segredo do Soviético” e que sorrindo, disse: “entrega ao domicílio”. Tal como afirmei no post anterior, a simpatia e afabilidade deste autor da minha geração surpreenderam-me, tal como o seu sentido de humor.
Na medida do possível percorri os diversos stands e lá fui encontrando a maioria das obras que procurava.
Inevitavelmente fiz a comparação com a tradicional Feira do Livro do Porto e, sem dúvida que o Parque Eduardo VII é uma área gigante com uma grande oferta. Aqui a cidade do Porto fica a perder…
Gostei muito.
Ilustro o artigo com algumas fotografias que considero sugestivas.
A título de curiosidade, poderá ser interessante dizer que em Setembro também teremos Feira do Livro do Porto e que brevemente darei mais pormenores.
Luis Sepúlveda é um daqueles autores que me dá prazer ler. Imagino-o a escrever com grande facilidade, limitando-se a passar para o papel algumas das histórias que partilha em amena conversa com os amigos, na companhia de um bom vinho. Histórias que tão bem sabe contar...
“A Lâmpada de Aladino” trouxe-me à memória retalhos que o autor partilhou no lançamento do seu título mais recente - Últimas notícias do sul -, a que assisti na Biblioteca Municipal Almeida Garret, no Porto, no passado mês de Fevereiro. Lembrei-me da voz calma e monocórdica de Luis Sepúlveda e imaginei-o a narrar alguns destes contos.
Em “A Lâmpada de Aladino” encontramos uma compilação de 13 contos, quase todos contados na primeira pessoa.
Ao longo destas aventuras percorremos lugares longínquos, exóticos e bem distintos. Viajamos até ao Egipto, o Chile, o Brasil ou a Alemanha entre outros, sem esquecer a sempre presente Patagónia.
As personagens e os locais criam tal empatia no leitor, que é quase como se os ficassemos a conhecer.
Nutri uma especial simpatia pelo Cachupín 6, - imagine-se! – o espertíssimo cão que figura em “A chama obstinada da sorte”, um dos meus contos preferidos.
De Luis Sepúlveda já tinha lido, há alguns anos, “O Velho que Lia Romances de Amor”, um livro fantástico. “A Lâmpada de Aladino” veio apenas confirmar a minha vontade de melhor conhecer a vasta obra deste exímio contador de histórias.
Para mim, Luis Sepúlveda fica no mesmo trilho que outros autores sul-americanos: Gabriel García Márquez, Isabel Allende, Mario Vargas Llosa, por exemplo.
55ª exposição internacional de arte
museu nacional soares dos reis
projecto arte de portas abertas
quantas madrugadas tem a noite