Ciao Marilena! Ciao Vanna!
Marilena trabalha na livraria e Vanna é a proprietária.
A caminho do "Tiempio Israelitico", uma sinagoga sobre a qual falarei oportunamente, encontrei a "Libreria Delle Donne di Firenze".
Fui gentilmente recebida pela Marilena e a Vanna, que se deixaram fotografar para o Numa de Letra e quiseram saber alguns pormenores sobre o meu blog.
Quando lhes falei na rubrica “Alguém, algures, numa de leitura”, disseram-me que há uns tempos a “Libreria Delle Donne” promoveu um concurso de fotografia em que o mote eram os livros. Gostei de saber.
Na conversa, deram-me a conhecer pormenores interessantes sobre a "vida" da livraria. Aqui se promovem regularmente seminários, apresentações, exposições e outros eventos culturais.
Dão especial atenção às pequenas editoras de qualidade, apoiando-as, assim como a publicações de autoras femininas, já que têm acesso a catálogos específicos. Também oferecem assistência bibliográfica para traduções de autores estrangeiros e fazem despachos de livros para qualquer parte do mundo.
Sendo uma livraria com parcerias várias, como o "Centro de Documentação" e a "Cooperativa das Mulheres", tem uma boa oferta cultural e didáctica.
É um espaço simpático, acolhedor e versátil, inovador embora "clássico", onde o universo feminino é privilegiado.
Aqui o tempo passa depressa, porque há muito que ver.
As anfitriãs são pessoas de bom gosto, dão alma a este agradável espaço.
Para quem tenciona visitar Florença e precisa de quebrar o ritmo de visitas, tanto esta sugestão como a do post anterior caem bem. Eu gostei muito.
Antes de chegar à 4ª e última parte do relato sobre a minha viagem a Florença, um parêntesis para destacar duas livrarias que descobri no centro da cidade.
A primeira, situada na Via Ghibellina, uma das mais longas de Florença, chama-se “Antica Macelleria di Alfredo Nencioni” e é uma perfeita delícia.
Pequenina mas bem recheada combina Literatura com Arte, pois tem as estantes e até o chão com milhares de títulos e as paredes estão revestidas com quadros. A combinação confere ao espaço um ambiente aconchegado e muito especial, onde apetece ficar, como atestam as imagens.
Aqui descobri, em destaque, Gabriel Garcia Márquez.
Lá, como cá, os gostos assemelham-se...
Sobre a segunda livraria, falarei brevemente.
De regresso ao Continente agora em Cascais, essa preciosidade que este ano comemora 40 anos de vida, chamada Livraria Galileu.
A receber-nos uma livreira extrovertida, sábia e deliciosa: Madame Caroline, amante indisfarçável dos livros, decoradora da vitrine onde, desde o início do ano vai escrevendo, desenhando e colando recortes de, como a própria diz, tudo o que lhe apetece.
Um rés-do-chão com prateleiras repletas e bem organizadas, literatura Portuguesa, Francesa e Inglesa. Mapas, também.
No chão em pilhas, títulos raros, muito antigos. É preciso tempo para descobrir as preciosidades que lá moram e para as encontrar temos de nos “pôr de gatas”.
Na cave por ordem alfabética (quase) e por temas (Geografia, História, Arte, Literatura,...) um número infinito de títulos, um espaço com pouca iluminação e muita cultura, com pequenos pormenores divertidos: o cartaz que avisa que a desordem é organizada, marquinhas antigas de livros, retalhos de jornais, um sem fim de curiosidades que nos prendem a atenção e fazem esquecer o compasso do relógio. É também na cave que se fazem restauros de livros.
As fotografias são esclarecedoras...
Acrescento ainda que a Livraria Galileu tem uma parceria com a “Casa das Histórias” de Paula Rego, sendo responsável pelos livros que aí se vendem.
Numa de Letra regressou de férias e vai agora dar conta das visitas “úteis” que então fez, nas localidades onde assentou.
Em primeiro lugar, o Funchal e a Livraria Esperança. Meio escondida, já que é preciso ir até ao 1º andar para lá chegar, é uma autêntica “caixa de Pandora”: vale a pena perdermo-nos no labirinto dos seus escaparates. Há edições muito antigas, títulos raros, novidades, literatura infantil, dicionários,... enfim 106000 títulos disponíveis, tornando-a a maior Livraria do País e uma das maiores do Mundo.
Quatro fotografias ilustram e atestam o que aqui foi dito.
Escusado será dizer que aproveitei para comprar algumas raridades que procurava há uns tempos.
Fica a porta aberta para um segundo artigo, que sairá brevemente, onde também darei conta de outro espaço muiiito interessante.
55ª exposição internacional de arte
museu nacional soares dos reis
projecto arte de portas abertas
quantas madrugadas tem a noite