É altura de terminar o relato da minha passagem por Florença. Foram seis posts em que tentei dar uma pequena noção do que vi, do imenso que a cidade tem para mostrar, enriquecendo-nos, porque quem a visita e a aproveita só pode sair culturalmente mais rico. Pelo menos foi como me senti. Muitos sítios, estórias e factos ficaram por partilhar aqui no Numa de Letra; é impossível pôr em palavras tanta beleza arquitectónica, tanta Arte.
Não cheguei a falar na “Casa di Dante” nem na sua igreja, nem em “Orsanmichele” e em tantas outras igrejas e capelas… ahh!... e nos concertos de órgão que soavam à entrada de algumas capelas ao passar na rua, e a que eu quase nunca consegui resistir, sentar-me e a ficar a ouvir, quase sempre comovida.
Não referi os os fantásticos “O Nascimento de Venus” de Botticelli e “A Sagrada Família” de Miguel Ângelo que tive o privilégio de ver ao vivo. Quando penso nesses longos momentos em que fiquei literalmente siderada tamanha era a perfeição, continuo maravilhada. Foram génios únicos, sem dúvida.
…A Pietà de Miguel Ângelo, conservada no Museu dell’Opera del Duomo, concluída pelos seus discípulos e que, comparada com a original que vi no Vaticano, se revela bastante imperfeita.
Nem falei na Piazza della Repubblica que quase diariamente percorri e em tantas outras praças, cada uma com o seu encanto e em vários outros locais onde recentemente foram filmadas cenas do filme inspirado no último livro de Dan Brown, “Inferno”.
Na impossibilidade de visitar tudo o que Florença nos oferece, cumpri o ritual de “Il Porcellino” (a cópia do século XVII, em bronze, da estátua romana em mármore, de um javali que se pode ver nos Uffizi). Passei a mão no focinho brilhante e polido da estátua.
Entretanto aproxima-se a hora do comboio que me levará a Veneza.
Já com saudades, deixo Florença e aqui se completa o que consegui expôr certa de que é pouco, comparado com o que a cidade tem.
55ª exposição internacional de arte
museu nacional soares dos reis
projecto arte de portas abertas
quantas madrugadas tem a noite