Com o sol sempre a acompanhar-nos, hoje “iremos” até ao Mar Morto, o ponto mais baixo da terra: 411 metros abaixo do nível do mar.
Sai-se de Tel-Aviv pela auto-estrada (tudo bem sinalizado com placas escritas em três idiomas – hebraico, árabe e inglês – e cerca de 55km percorridos há um corte à direita, que indica “Mar Morto”.
Depois desse corte, começa-se a descer, agora seguindo por uma estrada principal, bem alcatroada: entra-se no Deserto da Judeia. A paisagem muda radicalmente: há o céu azul e depois tudo é beige, da cor da areia. Assim permanecerá até chegarmos ao nosso destino.
De facto, o que se retém é a imensidão serena e clara do deserto, que é interrompida por alguns beduínos com os seus camelos que por vezes se avistam (bem coloridos) e depois as plantações de tamareiras, impecavelmente alinhadas.
Há ainda essa coisa fantástica que são as estufas, em pleno deserto, bem irrigadas de água trazida por enormes condutas. Fica-se espantado como é possível, do meio do nada, surgirem enormes extensões de areia lavrada e cultivada.
Mas a estrada continua a descer, com placas que indicam o zero (nível do mar) e depois menos 150m, menos 250m, até começarmos a avistar essa massa azul enorme, numa linha baixíssima da costa, chamada Mar Morto. Na realidade, não se trata de um mar, mas de um lago com a água tão rica em minerais, que a torna 26% sólida (contém brómio, iodo e magnésio). É por isso que não é possível ir ao fundo, as pessoas são aconselhadas a deitarem-se de costas, porque flutuam.
As margens estão carregadas de sal e as lamas envolventes têm grandes virtudes terapêuticas. É também por isso que na zona existem várias unidades hoteleiras com óptimos spas.
A partir destas águas fabricam-se bons produtos de beleza para o rosto e corpo.
É hora de regressar, Israel tem muito mais a mostrar, não se pode perder tempo.
Na volta, a meio caminho para Jerusalém, 2 controles policiais, várias viaturas da ONU e depois um corte para Ramallah: isso mesmo, ali ao lado fica a Palestina.
Mas nós prosseguimos, o objectivo é chegar à cidade Santa. Será sobre ela o próximo post, provavelmente o mais sentido, tantas são as emoções à flor da pele.
55ª exposição internacional de arte
museu nacional soares dos reis
projecto arte de portas abertas
quantas madrugadas tem a noite