Passou muito tempo desde que terminei a leitura deste livro e mais tempo ainda sem vir ao blog.
Perdoem-me os amigos, os seguidores e até as visitas ocasionais, mas continuo sem tempo para “blogar”, devido a um projecto importante que tenho em mãos. Prometo regressar o mais brevemente possível, nem que seja apenas esporadicamente (espero que não desistam do Numa de Letra!).
Bom, sobre o livro “A Morte de Ivan Ilitch”, é uma narrativa marcante e interessante, um clássico que me agradou bastante, sem provocar deslumbramento.
Fala da vida e da morte, da essência do ser humano e dessa tendência intrínseca para ver e adaptar a realidade em função da sua própria condição. Do egoísmo e do egocentrismo, das expectativas e perspectivas tantas vezes criadas e goradas pelo destino ou pela má sorte. De como nesta vida tudo é efémero e passageiro...
Esta narrativa é como uma curva de Gauss: começa com o declínio – o funeral de Ivan Ilitch –, depois há um retrocesso no tempo e é-nos contada a vida do “herói” do livro, desde os tempos áureos da infância e juventude, passando pelo casamento de conveniência e consequente rotina tanto com a mulher como com os filhos, numa vida pautada pela ausência de paixão ou grandes afectos. Um emprego sem sobressaltos, tudo a conduzir para uma realidade pouco optimista que rapidamente passa a tédio e desânimo. Por fim a doença, que leva a um sofrimento exponencial e finalmente, a morte.
A quem gosta de clássicos e de ler sobre a condição humana, aconselho vivamente este pequeno livro.
Prometo manter-me “in touch”, por favor vão visitando o blog!
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