Florença é uma das cidades italianas mais visitadas por turistas, depois de Roma e Milão. Quem lá esteve não duvida da sua importância e contributo para a Arte e Cultura de Itália.
Capital da belíssima região da Toscana, foi importante inclusive, na segunda metade do século XIX (de 1865 a 1871), tendo sido capital durante esse período, quando também foi definido que a língua oficial do país, até então o siciliano, passasse a ser o italiano, muito devido é fortíssima influência de grandes artistas, como Dante.
Agosto não é propriamente o mês ideal para visitar Florença, tão elevadas são as temperaturas, a atingirem os 40ºC. Valem os fantásticos gelados (acreditem que são mesmo fantásticos!) para refrescar e, claro, a beleza e todas as riquezas que fazem desta cidade um tesouro histórico e cultural renascentista, despertando-nos a mente e camuflando os sinais de cansaço.
A cidade está intimamente ligada ao domínio da poderosíssima e nobre família Medici, que a governou durante quase 300 anos - de 1434 até 1743 -. Os Medici ajudaram a criar o esplendor do Renascimento e todos os ícones da Arte desse período foram, em algum momento da vida, favorecidos por eles.
Começo por destacar o "Palazzo Pitti", comprado em 1550 pelos Medici e, a partir daí, sua residência oficial. Dentro deste palácio existem várias galerias importantes e aqui encontramos autênticos tesouros das colecções dos Mecici e da corte Habsburgo-Lorena. Infelizmente só é permitido fotografar os Jardins Boboli, as belíssimas esculturas das varandas e do exterior do palácio. Ficam assim, por partilhar aqui no Numa de Letra, algumas das majestosas obras do Renascimento e Barroco, os frescos barrocos, obras-primas de Botticelli, Ticiano, Caravaggio, Perugino, Andrea del Sarto, Tintoretto, Rubens e Van Dyck, entre tantos outros.
Parte da colecção Medici foi transferida para a Galleria degli Uffizi, situada na Piazza della Signora, sobre a qual dissertarei num próximo post.
Ainda uma breve referência à emblemática Ponte Vecchio, projectada em 1345 por Taddeo Gaddi. É a mais famosa de Florença e sempre teve muitas lojas: inicialmente carniceiros, curtidores e ferreiros e, a partir de 1593, ourivesarias.
Trata-se de uma ponte belíssima, diariamente atravessada por milhares de turistas e autóctones, com um charme muito próprio. Toda a sua envolvência é lindíssima, romântica.
Atesto, com algumas fotografias, o que atrás escrevi, sempre com a sensação de que digo pouco, tanto haveria para contar! Mas Florença deve ser visitada, pode ser que as minhas sugestões agucem o apetite...
Num zapping televisivo de uma tarde preguiçosa de Domingo, dei com uma entrevista a J. E. Agualusa. Gostei do que ouvi, de tal modo que fui à estante procurar "O Vendedor de Passados" - estava lá desde 2004, ano em que foi editado.
Coincidentemente acabara nesse dia a leitura anterior e, como poucos dias faltavam para as férias e o livro era pequeno e magrinho, achei que o leria num ápice. Enganei-me, o trabalho exigiu muito e não sobrou tempo para as leituras. Assim, acabei por levá-lo comigo.
Em Itália, no comboio, algures entre Bolonha e Florença, deparei-me com esta leitora francesa sentada ao meu lado a ler José Rodrigues dos Santos.
55ª exposição internacional de arte
museu nacional soares dos reis
projecto arte de portas abertas
quantas madrugadas tem a noite