Passaram quase dois anos desde que terminei o 2º volume da trilogia “1Q84” e muitos pormenores da história já estavam esquecidos. No entanto, durante a leitura do Livro 3, facilmente relembrei cada detalhe importante dos livros anteriores, porque sem dúvida Murakami teve esse propósito.
No livro 2 achei que o enredo evoluiu bastante, ao contrário deste 3º e último volume com várias passagens que considero repetidas logo, desnecessárias. Em contrapartida, há uma parte interessantíssima quando cada personagem descreve o seu ponto de vista face a uma situação comum a todos eles (fez-me lembrar “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera).
Em nenhum momento do livro me aborreci, ler Murakami é sempre um prazer.
Neste último volume há uma nova personagem a intercalar os capítulos dedicados a Aomane e a Tengo, personagens que acompanham a trilogia. É Ushikawa, um homem invulgar e enigmático que acrescenta algum mistério à trama.
O enredo centra-se em dois lados opositores: a Vanguarda (uma espécie de seita religiosa com hierarquia, regras e muito secretismo) e uma frente liderada por uma senhora milionária que apoia e protege mulheres vítimas de violência. Passa-se num sítio paralelo à realidade do ano 1984, chamado 1Q84, onde existem duas luas, um Povo Pequeno que constrói crisálidas de ar, uma mã e uma nina que representam a consciência e o alter-ego, entre outros traços sui-generis característicos da escrita única de Murakami.
O que liga tudo isto é uma história de amor. Na contracapa deste terceiro livro há um comentário do jornal alemão “Die Literarische Welt” que o descreve como ”Um verdadeiro Romeu e Julieta dos nossos tempos”. A verdade é que tal descrição começa a fazer mais sentido nos 3 últimos capítulos do romance.
Ainda que prefira o Haruki Murakami de “Kafka à Beira-Mar”, de “Norwegian Wood” e de “Crónica do Pássaro de Corda”, esta empreitada que me levou 3 anos, foi uma boa experiência.
Entretanto este japonês do qual sou fã, já publicou mais 2 livros, o que muito me agrada.
adoro este autor, sou um profundo admirador dele! ainda não tive oportunidade de ler este livro, mas está na minha lista para ler futuramente. como sempre uma óptima crónica :)
Também gosto muito da escrita de Murakami, Miguel.
Ainda bem que a crónica te agradou.
Um abraço.
Mais um apontamento que vou registar e que quando tiver tempo para me dedicar à leitura a 100% venho aqui e sem dúvida as tuas postagens vão ser uma óptima ajuda. Por enquanto a fotografia e viajar são as minhas prioridades.
Beijos
O tempo não estica e sobra pouco para fazermos o que mais gostamos.
Há que aproveitá-lo da forma que mais gostamos. E eu continuo a apreciar as fotos que publicas no teu blog.
Bom resto de semana.
Beijinhos
De
Ana Pina a 14 de Julho de 2014 às 19:07
Obrigada pela visita ao meu blog :)
Estou quase a começar a ler o volume 2 de 1Q84 e depois de ler o terceiro irei certamente pegar noutras obras do autor - Murakami é um escritor de que também, certamente, nunca me irei cansar!
Gostei do teu comentário.
Para mim, este Murakami é fabuloso. Na escrita dele há qualquer coisa de mágico que tenho muitas dificuldades em descrever...
delicioso,misterioso, fantástico.
Obrigada por visitar e comentar.
Quanto às leituras de Murakami, aconselho a continuação da trilogia "1Q84" mas também outras obras do autor, como as que referi neste artigo (ou outras). Aconselho sem reservas.
Um abraço e espero que volte ao Numa de Letra.
Gostei do teu comentário.
Para mim, este Murakami é fabuloso. Na escrita dele há qualquer coisa de mágico que tenho muitas dificuldades em descrever...
delicioso,misterioso, fantástico.
(há pouco, por engano, coloquei este comentário no sítio errado)
Apesar de ter esperado mais do terceiro volume, gostei muito da trilogia e Murakami ganhou um lugar especial entre meus escritores preferidos. Ainda não li Kafka à beira-mar nem Norwegian Wood (ainda quero ler); porém li Minha Querida Sputnik e achei realmente muito bom.
Beijos! Livro Lab (http://livrolab.blogspot.com)
Aline, eu já li praticamente tudo de Murakami e posso-te dizer que Kafka à Beira-mar é "apenas" um dos melhores livros alguma vez escrito. Na minha opinião, claro.
Manuel Cardoso, mais uma vez estou de acordo quando diz que "Kafka à Beira-Mar" é um dos melhores livros alguma vez escrito... qualquer dia tenho de o reler.
Um abraço e obrigada pelos interessantes e pertinentes comentários.
De
Veruska a 20 de Julho de 2014 às 13:29
Concordo. Foi um dos melhores livros que já li.
Aline, se de H.M. apenas leu a trilogia "1Q84", então aconselho a experimentar outras obras. Há muito mais a descobrir deste escritor, além da trilogia.
Obrigada pelo comentário e boas leituras.
Manuel Cardoso, somos ambos fãs da escrita de Murakami.
Sinto o mesmo que aqui descreve no comentário.
Um abraço.
Comentar post