Gosto de conhecer outras culturas e viajar talvez seja a forma ideal e mais eficaz de o conseguir.
Como nem todos os destinos são muito acessíveis, encontro nos livros uma boa alternativa.
Terminei a leitura de "O Clube da Sorte e da Alegria", o primeiro livro da escritora americana de ascendência chinesa, Amy Tan. Curiosamente, andei de frente para trás, pois já antes havia lido dois romances da autora, o último dos quais "A Filha do Curandeiro".
Comprei-o no Funchal, na Livraria Esperança, embora já o procurasse há muito, sem sucesso.
É uma história de mulheres: quatro mães chinesas, emigradas nos Estados Unidos, cada uma com uma filha.
Assim, o livro está dividido em quatro capítulos que caracterizam diferentes épocas. Por sua vez, cada capítulo é dividido em quatro sub-capítulos ora dedicados às mães, ora às filhas (estas já nascidas ou trazidas muito pequenas para a América e aqui criadas).
Da leitura, ressalta o enorme contraste entre a cultura chinesa e a americana: a actual China, embora moderna, mantém enraízada nas pessoas uma tradição de superstições e mitos, difíceis de perder. Mesmo emigradas há muito, as mulheres do livro alimentam e passaram às filhas certas crenças, que para nós se tornam bizarras.
Esta dicotomia entre Oriente e Ocidente, a diferença profunda de mentalidades, a dificuldade em "largar" as raízes, eis o verdadeiro sumo deste romance simples e acessível.
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