Luis Sepúlveda é um daqueles autores que me dá prazer ler. Imagino-o a escrever com grande facilidade, limitando-se a passar para o papel algumas das histórias que partilha em amena conversa com os amigos, na companhia de um bom vinho. Histórias que tão bem sabe contar...
“A Lâmpada de Aladino” trouxe-me à memória retalhos que o autor partilhou no lançamento do seu título mais recente - Últimas notícias do sul -, a que assisti na Biblioteca Municipal Almeida Garret, no Porto, no passado mês de Fevereiro. Lembrei-me da voz calma e monocórdica de Luis Sepúlveda e imaginei-o a narrar alguns destes contos.
Em “A Lâmpada de Aladino” encontramos uma compilação de 13 contos, quase todos contados na primeira pessoa.
Ao longo destas aventuras percorremos lugares longínquos, exóticos e bem distintos. Viajamos até ao Egipto, o Chile, o Brasil ou a Alemanha entre outros, sem esquecer a sempre presente Patagónia.
As personagens e os locais criam tal empatia no leitor, que é quase como se os ficassemos a conhecer.
Nutri uma especial simpatia pelo Cachupín 6, - imagine-se! – o espertíssimo cão que figura em “A chama obstinada da sorte”, um dos meus contos preferidos.
De Luis Sepúlveda já tinha lido, há alguns anos, “O Velho que Lia Romances de Amor”, um livro fantástico. “A Lâmpada de Aladino” veio apenas confirmar a minha vontade de melhor conhecer a vasta obra deste exímio contador de histórias.
Para mim, Luis Sepúlveda fica no mesmo trilho que outros autores sul-americanos: Gabriel García Márquez, Isabel Allende, Mario Vargas Llosa, por exemplo.
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