Não sei se li este livro no timing errado ou se, independentemente da altura em que o tivesse lido, a minha opinião se manteria. O certo é que não fiquei deslumbrada. Talvez tenha elevado demasiado a expectativa, quando decidi lê-lo.
"As velas ardem até ao fim", de Sándor Márai, chamou-me a atenção, pela primeira vez, há um par de meses. Foi amor à primeira vista: gostei do título, da sinopse, do ar clássico e o facto de ser a 23ª edição também ajudou muito.
Já tive algumas revelações interessantes com livros "finos", daqueles que se lêem num instante mas cujas recordações perduram. Este tem pouco mais de 150 páginas e pensei que pudesse vir a fazer parte do dito grupo. Agora não me parece...
O cerne da história até é interessante mas a narrativa não desencadeia a curiosidade e entusiasmo que merecia.
Os monólogos são extensos e tornam-se um pouco aborrecidos. Além disso, penso que o autor pecou por excesso de rodeios. Decorridos dois terços da história, não se sabe ao certo o que terá acontecido que levou 2 velhos amigos a afastarem-se durante 41 anos e o porquê de se reunirem passado todo esse tempo. É certo que são dadas algumas pistas mas nada de concreto, o que acaba por esmorecer o interesse despertado até meados do livro.
Mesmo assim, não posso dizer que seja mau. Está bem escrito e, de forma alguma o vou colocar no patamar dos livros que me fizeram perder tempo.
O que mais gostei foram algumas ideias que o autor desenvolveu durante os monólogos que mencionei acima. Tem frases bonitas e assertivas.
Dava-lhe 6, numa escala de 1 a 10.
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